terça-feira, 30 de junho de 2009

Livro: Orixás - Divindades Intermediárias

A religião é um fator importante para a compreensão da cultura de um povo. Na Bahia, as condições históricas fizeram com que o catolicismo fosse a religião dominante, ocupando papel de destaque na vida política, social, educacional e moral do nosso povo.
Uma Pintora bem baiana que luta a favor da cultura negra

A cultura negra por ser marcante em todo o Brasil, mas é na Bahia principalmente em Salvador e no recôncavo que encontramos as influências mais notáveis.
Dentre as várias manifestações afro-brasileiras na Bahia destaca-se muito o Candomblé. Este termo é dotado para designar as cerimônias religiosas de origem nagô, em que as divindades são os orixás, intermediárias entre os devotos é a divindade suprema. Simbolizando forças naturais como a água, as matas, as tempestades etc.
No período da escravidão, os negros eram obrigados a aceitar a religião católica imposta pelos portugueses, mas nunca deixaram de lado as suas crenças.
Para cultuar suas divindades, eles relacionavam os orixás aos santos católicos e assim enganavam o colonizador. Essa mistura de religião fez surgir o sincretismo religioso, muito comum e presente até hoje na Bahia, entre alguns santos católicos e os orixás mais conhecidos existe uma religião:
 Santa Bárbara é Iansã, mulher de Xangô. Controla as tempestades. Suas cores são o branco e o vermelho.
 Senhora da Conceição é Yemanjá, a mãe d’água, também chamada de Janaina e sereia. Suas cores são o azul e o vermelho, e seu culto é exercido mais em público que dentro do terreiro.
 Senhora das Candeias é Oxum, deusa das fontes e dos regatos. Sua cor é o amarelo-ouro.
 Santa Bárbara também é representada por Obá, mulher madura, dona dos lajedos, deu a orelha para ganhar um amor. Suas cores são: vinho e o branco.
 Senhora Sant’Ana é Nanã, a mais velha das mães d’água, mãe de todos os orixás. Suas cores são: azul, lilás claro e o branco.

Pintora das Divindades Intermediárias


A obra de Erivalda de Oliveira apreende a magia figurativa das Divindades Intermediárias. Os adereços que cada orixá traz consigo e as cores das suas vestes, caracterizam quem é cada um deles, com uma composição nagô e que consubstancia a cultura negra favorecendo os respectivos valores que o Candomblé possui e tem fornecido para os seus vários adeptos da religião a valorização da cultura dos nossos afro-descendentes.


“É tão forte o preconceito sobre a cultura africana que em época de festas, as crianças negam a sua própria cultura, pois nas escolas, elas acham que o processo cultural afro-descendente é algo diabólico, pois as mesmas não querem participar das brincadeiras como: cirandas, samba de roda, pagode, capoeira, bumba-meu-boi, etc, além de se negar a comer as comidas típicas que possuem características fortes da África como: o caruru, o acarajé, paçoca de amendoim, farofa de azeite, dentre outras. E quando tocamos no assunto religião é como se falássemos de algo intolerável”.

Índice de Ilustração

1 – Imagem de Obá
2 – Imagem de Nanã
3 – Imagem de Oxum
4 – Imagem deYemanjá
5 – Imagem de Iansã








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